Palestrante: Bruno Dias – Universidad de Tarapacá, Chile
Título: VISCACHA survey: o que os aglomerados estelares podem nos dizer sobre a evolução estelar e as interações galáxia-galáxia
Resumo:
A Grande e a Pequenas Nuvem de Magalhães (LMC e SMC) são as duas
galáxias satélites mais massivas que cercam a Via Láctea. Elas
provavelmente estão em sua primeira queda em nossa Galáxia e acabaram de passar pelo pericentro. Sua órbita tem arrastado um fluxo de gás de 200 graus de comprimento e também uma estrutura de gás do lado oposto. O par LMC-SMC tem interagido um com o outro em vários encontros ao longo de suas vidas, o que impactou fortemente sua estrutura, desencadeou a formação estelar e impulsionou a dissolução do aglomerado estelar. A evolução química dessas duas galáxias também é um tanto intrigante porque elas são muito menos eficientes do que o esperado com base em sua massa. Compreender essa história complexa requer muita informação química e cinemática precisa em função do tempo e posições combinadas a sofisticados modelos quimio-dinâmicos. Os aglomerados de estrelas são excelentes fósseis porque podemos medir suas posições e velocidades 3D, idades, composições químicas, estruturas internas e traçam as diferentes regiões do LMC e SMC, além de cobrir uma ampla faixa etária. O VISCACHA survey (Visible Soar photometry of star Clusters in tApii and Coxi HuguA) tem usado o telescópio SOuthern Astrophysical Research (SOAR) junto com o SOAR Adaptive Module Imager (SAMI) desde 2015. Nós usamos 538h de tempo do telescópio até agora para observar 238 aglomerados de estrelas, que foram usados para estudar uma ampla gama de tópicos.
Nesta palestra, revisarei esse campo de pesquisa e apresentarei alguns
destaques das contribuições da equipe VISCACHA até agora.
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