O rápido desenvolvimento tecnológico tem aumentado a demanda por energia. Neste sentido, a busca por fontes alternativas de energia, de baixo custo, sustentáveis e livres de emissão de poluentes é apontado como grande desafio da humanidade para as próximas décadas [1-5]. Um exemplo é o Sol que pode facilmente fornecer energia suficiente para todas as nossas necessidades energéticas caso seja encontrada uma maneira de utilizá-la com eficiência. A maneira mais elegante, prática e potencialmente mais eficiente para armazenar energia solar é converter sua energia eletromagnética diretamente na forma de energia química. Esse processo é conhecido como fotoeletrocatalise ou fotossíntese artificial. Os dispositivos fotoeletroquímicos que realizam essa conversão se utilizam de elementos abundantes como água, minerais na forma de óxido e a energia solar, realizando a “quebra” da molécula da água induzida pela luz, gerando H2 e O2 na forma de gás. Dentre os minerais abundantes na natureza o óxido de ferro, um semicondutor tipo-n, surge como o mais promissor dos candidatos para essa aplicação devido a sua excelente capacidade de absorção de luz na região do espectro do sol, boa estabilidade química em solução e abundância na natureza [2]. No entanto, o seu baixo desempenho como fotoeletrodo tem limitado o desenvolvimento comercial desses dispositivos. Os principais motivos pela baixa eficiência estão relacionados as propriedades optoeletrônicas: (i) pobre condutividade eletrônica, alta taxa recombinação do par elétronburaco fotogerado; e a (ii) necessidade de um sobrepotencial para que ocorra a difusão do buraco (h+) e seja promovido o processo de oxidação da água [3].
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