Minicursos

M1. Alfabetização Científica, afinal o que isso significa? 

O conceito de alfabetização científica (AC) é polissêmico, o que justifica a multiplicidade de significados atribuídos a ela entre os professores. Apesar dos inúmeros significados atribuídos para a AC, é consensual que ela pode nortear o ensino de Ciências da Natureza. Nesse curso serão abordados os aspectos teóricos sobre o tema e discutidos alguns dos sentidos comumente atribuídos a AC. Os cursistas poderão por meio de um instrumento especialmente desenvolvido para essa finalidade identificar a sua própria visão sobre o assunto e aprofundar os seus conhecimentos acerca do tema. 
Nº de vagas: 25 
Ministrantes: João Batista dos Santos Júnior (mestre em Ensino de Ciências USP), Susan Bruna Carneiro Aragão (mestranda em Ensino de Ciências USP) 



M2. Modelos microscópicos sobre estrutura da matéria e sua utilização pelos alunos na explicação de fenômenos do mundo físico: Dificuldades e Potencialidades. 

O uso de modelos microscópicos pelos estudantes pode proporcionar a estes autonomia para a construção de explicações na interpretação dos fenômenos, não ficando as concepções apenas ao nível do senso comum ou na superficialidade. Nesse curso serão discutidos alguns aspectos relativos aos modelos que os alunos apresentam ou constroem sobre a estrutura da matéria no decorrer do ensino básico. Também serão discutidas algumas questões relacionadas à utilização de modelos no ensino de química: abordagem histórica e propostas de atividades que em sala de aula possam problematizar o papel da utilização dos modelos microscópicos e suas limitações. 
Vagas: 25 
Ministrantes: Angella da Cruz Guerra (mestre em Ensino de Ciências USP), Mara Cristina Pane (mestranda no Ensino de Ciências USP), Miriam Possar do Carmo (mestre em Ensino de Ciências USP), Profª Drª Simone A. A. Martorano (Departamento de Química da UEL) 



M3. O Currículo de Química do Estado de São Paulo e os materiais didáticos de apoio aos professores e alunos da rede pública: fundamentos, avanços e entraves. 
O Currículo de Química do Estado de São Paulo orienta, ao menos em tese, a seleção dos conteúdos e a metodologia de ensino das aulas de Química das escolas públicas paulistas. Este documento e os materiais didáticos de apoio (Cadernos do Professor e do Aluno) apresentam características pedagógicas que muitas vezes divergem das concepções dos professores e os desafia a adotarem uma perspectiva de ensino pautada no desenvolvimento de competências, na aprendizagem significativa dos conteúdos e no estabelecimento de relações entre Ciência-Tecnologia-Sociedade. Propõe-se neste minicurso uma reflexão sobre os fundamentos teóricos e metodológicos adotados no currículo e nos cadernos, apontando, de maneira crítica, embora inevitavelmente parcial, os avanços que esses materiais representam para a educação química em São Paulo e as dificuldades que tem sido apontadas pelos próprios professores da rede no processo de adoção dessa (nova) perspectiva de educação. Serão feitas leituras e discussões de extratos desses documentos, realizados alguns experimentos propostos nos caderno e apresentados dados de pesquisa sobre a inserção do currículo na rede pública paulista. 
Vagas: 30 
Ministrantes: Fabio Luiz de Souza (mestre em Ensino de Ciências USP), Profa. Dra. Maria Eunice Ribeiro Marcondes (Instituto de Química USP) 



M4. Experimentação CTSA – fundamentos teóricos e práticos 
Objetivo: Apresentar aos professores em formação e atuantes formas de mediar experimentos levando em consideração uma educação em ciências com enfoque CTSA. Justificativa: A educação científica com enfoque CTSA (Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente) visa capacitar as pessoas tanto para a compreensão do conhecimento científico envolvido nas inovações tecnológicas que impregnam o mundo, como para a avaliação das implicações socioambientais, a curto e longo prazo, da implementação dessas inovações. Esse enfoque educacional propicia a formação de cidadãos com capacidade de tomada de decisão (Aikenhead, 1998) sobre questões tecno-científicas a partir da compreensão das consequências socio-ambientais. No entanto, embora muitos dos professores atuantes considerem a abordagem curricular com ênfase CTSA relevante, apresentam dificuldades diversas para a implementação dessa proposta no ambiente escolar (Aikenhead, 2010).Conteúdo: Em função dessas dificuldades pretendemos apresentar os pressupostos teóricos e metodológicos para uma abordagem experimental que leva em consideração o enfoque CTSA. Para tanto, utilizaremos a filosofia da Química Verde (Anastas & Willianson, 1996) e a concepção de Sociedade de Risco (Beck, 2010) como referenciais teóricos e a Mediação Dialética (Arnoni e col., 2007) adaptada ao planejamento da instrução CTSA proposto por Ainkenhead, visto que essa leva em consideração tanto aspectos epistemológicos, quanto ontológicos. Programação:1º dia – (2horas) – A educação CTSA, visando uma abordagem experimental, tendo como referenciais teóricos a Química Verde e a concepção de Sociedade de Risco. 2º dia – (2horas) – Mediação dialética dos experimentos com ênfase nas inter-relações CTSA. Discussão das propostas envolvendo os temas: tratamento de água; produção de biodiesel e Álcool. 
Vagas: 

Ministrante: profa. Dra. Marlene Rios Melo (Universidade Federal de Sergipe- UFS) 



M5. Registro audiovisual na pesquisa qualitativa em ensino de química: reflexões práticas para a coleta de dados 

O uso do registro audiovisual para documentar narrativas de professores e investigar os processos de ensino e aprendizagem que ocorrem na sala de aula é uma estratégia bastante utilizada na pesquisa em Ensino. Neste minicurso, propomos refletir sobre alguns aspectos éticos e operacionais envolvendo o planejamento e a realização desses registros. Tal reflexão será realizada através de analise de dados de pesquisas produzidos a partir de registros audiovisuais, rodas de discussões, planejamento e produção de pequenos vídeos. Com essas estratégias pretendemos trazer alguns subsídios que auxiliem os pesquisadores e os futuros pesquisadores na elaboração de um bom planejamento para realização de registros audiovisuais com o propósito de pesquisa. AS REFLEXÕES PROPOSTAS SERÃO ESTIMULADAS ATRAVÉS DE RODAS DE DISCUSSÕES, PRODUÇÃO DE PEQUENOS VÍDEOS, ANÁLISE DE VÍDEOS, LEITURA DE TEXTOS E REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES PRÁTICAS. 

Vagas: 30 


Ministrantes: Robson M. Novais, Luciane F. Goes, Profa. Dra. Carmen Fernandez (Grupo PEQuim – Pesquisa em Ensino de Química – Instituto de Química da Universidade de São Paulo) 

            


M6. Estratégias metacognitivas em sala de aula para o Ensino de Ciências. 

Objetiva-se com esse minicurso trazer algumas definições sobre metacognição no ensino de ciências. Também pretende-se apresentar algumas estratégias metacognitivas utilizadas no ensino de ciências visando melhorar a aprendizagem e que podem ser aplicadas em sala de aula. 
Vagas: 
Ministrante: Solange Wagner Locatelli (mestre em Ensino de Química- USP) 



M7.Contribuições do uso do cinema para o ensino de ciências: a interdisciplinaridade 
Os meios de comunicação desenvolvem formas sofisticadas e multidimensionais de comunicação sensorial, emocional e racional, superpondo linguagens e mensagens, o que facilita a interação com o público. O audiovisual é uma forma de acesso ao conhecimento e tem se mostrado muito significativo, cabendo ao professor potencializar a utilização deste recurso. É importante que o professor se atualize e incorpore novos métodos de ensino através dos recursos tecnológicos já disponíveis na escola: televisão, vídeo, computador, internet etc. Por meio de um filme, o educando compreende de maneira sensitiva e não apenas cognitiva. Ao assistir um filme, além da transmissão de conteúdos, ocorrem vivências de todos os tipos: emoções, sensações, atitudes, ações, conhecimentos etc. Filmes criam tendências e têm maior impacto em gerações mais jovens do que qualquer outra mídia, além de poder despertar maior interesse em temas científicos. Nesse sentido os filmes podem operar na perspectiva interdisciplinar criando situações que desperte o interesse dos alunos para as áreas científicas. 
Vagas: 
Ministrante: Prof. Dr. Agnaldo Arroio (Faculdade de Educação – USP)